sábado, 28 de julho de 2012

10- O EMB-120 Brasília da Rico Linhas Aéreas
Na sexta-feira, 14 de maio de 2004, procedia para pouso em Manaus, com boas condições climáticas. Procedente de São Paulo de Olivença, com escalas em Tabatinga e Tefé, o vôo 4815 era operado pela aeronave de prefixo PT-WRO. A comunicação entre a torre de controle e o Cmte. Rui Kleber, com 30 anos de experiência e 20.000h de vôo, não indicou nenhum problema antes da queda, que ocorreu por volta das 18h30. De acordo com a empresa, o avião deveria ter pousado às 18h40.Na manhã seguinte, destroços do aparelho foram localizados na selva, indicando que a aeronave colidiu com as árvores em grande velocidade: a área coberta pelos destroços era bastante grande, dificultando o resgate e a identificação das vítimas. O avião estava lotado, com seus 30 lugares ocupados e mais três tripulantes e não houve sobreviventes.

9-    O Viscount da VASP 
Aproximava-se para pouso no aeroporto da Galeão. Um T-21 da Força Aérea Brasileira, pilotado por um jovem cadete, Eduardo da Silva Pereira, fazia acrobacias sobre a casa da namorada do cadete, no bairro de Ramos, subúrbio do Rio. O Fokker colidiu em vôo com o Viscount, que perdendo partes de sua estrutura, caiu sobre casas, matando seus 33 ocupantes e também 5 pessoas no solo, vitimadas pelos destroços. O piloto do T-21 escapou. A tripulação do PP-SRG era composta por: Comandante Ataliba Euclydes Vieira, co-piloto Álvaro Grazioli, radiotelegrafista Zezito Miranda Duarte, comissários Manoel Pereira Nunes e Ana Borsachi. 

8- Viscont da Vasp
Tendo decolado de Vitória com destino Rio de Janeiro, o vôo noturno da VASP mantinha 6000 pés em condições IMC. As 19:33, a tripulação reportou no bloqueio de Rio Bonito. Sem o conhecimento da tripulação, o Viscount havia se afastado da rota planejada e estava na realidade próximo a Nova Friburgo. Minutos mais tarde, colidiu contra a face leste do Pico da Caledônia, de 1.950 metros de altura. O PP-SRR estava a cerca de 35km ao norte da rota planejada. Morreram o comandante Aldemar de Castro Magalhães, co-piloto José Edmilson Prata braga, comissário Roberto Luccheta, dois outros tripulantes e os 34 passageiros.

7- Convair da Companhia Real na Baía de Guanabara
Durante a aproximação noturna para o aeroporto Santos Dumont, o Convair desceu demais, por motivos ignorados, e chocou-se com o mar. Morreram os 49 passageiros e os tripulantes: Comandante João Afonso Fabrício Belloc, Primeiro Oficial Orlando Gonzales Fernandes, e os Comissários João Batista Valadão e Jorge Santos Pombal.

6- Boeing 727 da Transbrasil. 
O vôo QD303 decolou de Congonhas rumo a Florianópolis, que encontrava-se sob condições climáticas adversas, sob a influência de forte frente fria passando pela TMA. Naquela época, o aeroporto Hercílio Luz contava apenas com dois NDBs como auxílio de navegação, instrumentos especialmente sensíveis às descargas magnéticas que se encontravam naquela hora sobre a região. Talvez tenha acontecido um falso bloqueio do NDB, e isto explique porquê o major checador da FAB, que então pilotava a aeronave, tenha se afastado tanto da rota prevista. Além disso, ficou registrado no CVR a preocupação do comandante titular do vôo, sentado à esquerda, (e que estava apenas assistindo a pilotagem do major checador) que seguidas vezes alerta o major para observar a altitude mínima nos procedimentos. O 727 prosseguiu descida para um rebloqueio, mas antes disso, às 20:38 colidiu com a Serra de Ratones. Por mais 60 metros e o PT-TYS teria passado sobre o morro. Apesar da força do impacto e da total destruição da aeronave, dos 58 ocupantes à bordo, 3 passageiros sobreviveram, sendo resgatados na madrugada do dia 13

5- Fokker-100 da TAM 

Tendo decolado às 08:26 do aeroporto de Congonhas, o F100 da TAM travou uma batalha de pouco mais de um minuto, tentando manter-se no ar com o reversor do motor direito abrindo e fechando. Sessenta e cinco segundo após aplicar potência na decolagem, a tripulação do vôo 402 perdeu essa batalha: a asa direita do PT-MRK estolou. O F100 virou de dorso e a ponta dessa asa atingiu dois prédios, antes da aeronave cair sobre oito casas do bairro do Jabaquara, em São Paulo. 
A causa ainda não foi oficialmente estabelecida, mas sabe-se que, ao invés de brigar contra o reverso que teimava em abrir, a tripulação deveria cortar o combustível que alimentava este motor, aumentar a potência do outro ao máximo e, uma vez alcançando uma altitude segura, iniciar o retorno para pouso em Congonhas. Porque não seguiram o procedimento padrão em panes como esta não é de importância aqui. Não cabe nenhum julgamento da capacidade dos tripulantes. Cabe sim lembrar que um acidente nunca é resultado de um evento isolado, mas de uma cadeia de acontecimentos. 
A aeronave não teria caído, em primeiro lugar, se o reverso não houvesse falhado. Se a tripulação soube ou não lidar com a emergência é uma outra questão. Importante sim, é divulgar a cadeia de razões que levaram à catástrofe, e com isto, aumentar a compreensão de todos os envolvidos e interessados, colaborando para que as 99 vidas perdidas naquela manhã não o tenham sido em vão. Foi a época o pior desastre sofrido pela TAM, o pior da história de Congonhas, da cidade e de todo o estado de São Paulo, até o acidente do AirBus da TAM


4- Boeing 707 da Varig
O 707 decolou do Galeão rumo à Paris. Ao iniciar o procedimento de descida, aparentemente uma ponta de cigarro deixada na lixeira do lavatório traseiro iniciou um incêndio que não pode ser controlado. Minutos antes do pouso, a tripulação executou um quase impossível pouso de emergência num campo de plantação de cebolas em Saulx-Les-Chartreux, próximo ao aeroporto de Orly. Dos 134 ocupantes, salvaram-se 10 tripulantes e apenas um passageiro. Entre os mortos, algumas celebridades brasileiras: Regina Lèclery (socialite), Joerg Brüder (iatista), Agostinho dos Santos (cantor), Júlio de Lamare (comentarista de F1 na Rede Globo), Filinto Müller (político e senador pela Arena).

3- Boeing 727-200 da Vasp 
Em vôo iniciado em Congonhas com escala no Galeão, o comandante do 727 abandonou seu plano de vôo por instrumentos cedo demais, a 140NM do destino, e prosseguiu em aproximação visual para o aeroporto Pinto Martins. Tendo as luzes de Fortaleza, seu destino final em seu visor, o comandante sentiu-se seguro e continuou sua aproximação, desrespeitando todos os procedimentos padrão de navegação bem como, por duas vezes, o alarme de altitude. O 727 acabou colidindo com um dos picos da Serra da Aratanha, próximo à cidade de Pacatuba, Ceará. Este acidente ficou famoso pela divulgação no Jornal Nacional da gravação do voice-recorder, onde claramente ouve-se um tripulante comentando "tem uns morrotes aí", segundos antes do impacto inicial. Nenhum dos 137 ocupantes escapou. Foi o terceiro maior desastre de nossa aviação em número de fatalidades.

2-Boeing da Gol

Um 737-800 da Gol prefixo PR-GTD (em operação desde 12/09/2006 e contando com menos de 200 horas de vôo) chocou-se com um jato Legacy 600 (s/n 965) N600XL operado pela empresa ExcelAire,. O choque ocorreu sobre Matupá, MT, por volta das 17h00 da sexta-feira, 29 de setembro de 2006. mesmo avariado, o Legacy conseguiu pousar em emergência na base aérea da FAB de Cachimbo, MT, onde constatou-se avarias no winglet e estabilizador horizontal esquerdo, provocadas pela colisão. Seus sete ocupantes nada sofreram. 
O Boeing teve menos sorte: caiu e somente na manhã de sábado foi localizado, sem sobreviventes. Viajavam 148 passageiros e 6 tripulantes no Boeing, que cumpria o vôo G3 1907 (Manaus-Brasília-Rio de Janeiro - GIG) e conexões. O acidente foi provocado pela colisão a 37.000 pés das aeronaves. O Legacy deveria voar no nível 360 (36.000 pés) mas, por razões que ainda estão sendo investigadas, voava na mesma altitude do Boeing. 
Contribuiu também o fato do jato executivo voar com o transponder desligado, o que impediu o acionamento automático do TCAS, equipamento que poderia ter evitado a colisão. O TCAS, Traffic and Collision Avoidance System,é um sistema desenvolvido para identificar, avisar e até mesmo desviar uma aeronave de tráfego aéreo potencialmente conflitante e/ou perigoso. O sistema depende da ativação do transponder para poder funcionar.


1- Airbus A-320 da TAM 
O vôo JJ 3054 era um serviço regular da empresa entre Porto Alegre (Salgado Filho - POA) e Congonhas (CGH). O vôo foi absolutamente corriqueiro, sem qualquer declaração em contrário por parte da tripulação ou do controle de tráfego aéreo. O jato foi instruído para pouso na cabeceira 35L. Segundo testemunhas, o jato tocou na zona correta para o pouso, as 18h46:26. Mas foi aí que a tragédia começou a acontecer. Ao invés de frenar, o A320 prosseguiu em alta velocidade, como ficou registrado pelas câmeras da Infraero. O Airbus prosseguiu assim por praticamente toda a extensão restante da pista. Ainda com os trens de pouso principais no solo, as 18h46:45 o A320 saiu da pista, à esquerda de seu eixo. Atravessou o gramado adjacente, demoliu a pequena mureta que divide o plano da pista com o barranco lateral à mesma. Sobrevoou a avenida Washington Luís num segundo e, as 18h46:50, colidiu contra o edifício de carga da TAM Express, a aproximadamente 170km/h. 
Estavam a bordo do vôo JJ 3054 162 passageiros e 19 funcionários da empresa (seis tripulantes, dois comandantes e quatro comissários), totalizando 187 pessoas. A tripulação era composta por dois comandantes: Kleyber Lima e Henrique Stephanini Di Sacco, além de quatro comissárias: Cássia Negretto (Chefe de cabine), Daniela Bahdur, Michelle Leite e Renata Gonçalves. Além destes, vários funcionários da TAM Express faleceram no edifício atingido pelo A320. Com 199 vítimas fatais, este passa a ser o pior desastre aéreo da história da aviação brasileira e um dos piores em todo o mundo ocorridos em zona urbana. 

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